O tolo que engole tempo
A vida se verga, encurva como espinho O germe voraz a corrói de mansinho O tolo passa a geléia do tempo no pão A passagem do tempo passa sem noção A ânsia sólida deita na solidão do esôfago Combate o ímpio e nocauteia o autófago Age contra o tempo naquela emboscada E a baba da comida volta toda vomitada No passamento a pele encrespa no seu formato Entorta contorce perde todo trato e substrato Mas que tipo de lerdo apressa o que deve ser lento? O dito, cujo passatempo, é engolir o próprio tempo MARCELO RUSSELL
Enviado por MARCELO RUSSELL em 13/11/2014
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